domingo, 24 de junho de 2012

Da realidade política.

Sabe-se que ela  é uma pessoa de temperamento difícil, sem jogo de cintura e que gosta de uma boa briga, situação que arrumou aos montes quando governou São Paulo (1989-1992) e depois, ao aceitar o cargo de ministra do Governo Itamar Franco, rompendo com seu então partido. Mas ao cair fora da chapa de Fernando Haddad, Luiza Erundina restitui ao jogo político um pouco da dignidade perdida.

A "realpolitik" em uso pelo partido no poder acha todo tipo de justificativa para os acordos políticos mais estapafúrdios...faz parte do jogo, é a justificativa. Mas o jogo fica sujo quando aliados pontuais que antes eram inimigos históricos fazem exigências como a que Maluf fez para embarcar no trem petista para prefeitura de São Paulo. Desgaste desnecessário a uma candidatura já nascida a fórceps.

O gesto de Erundina recoloca as coisas no patamar de onde não deveriam ter saído : a de questionar com convicção um projeto administrativo amplamente achincalhado pelo petismo, que na ânsia de ganhar eleições pisa nas próprias convicções.

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